Artista, co-fundador da DREAMHAUS LA e diretor de arte da The OpM Company, Reesé utiliza sua arte como uma forma de contar histórias de dor, alegria, tensão e fantasia
A arte e a narrativa convergem na obra de Mike Reesé, na qual as complexidades da vida são exploradas em profundidade. Cada pincelada do artista, nascido e criado em Los Angeles, expressa um conto de dor, alegria, tensão e fantasia; em um equilíbrio cuidadosamente elaborado entre transparência e ambiguidade, proporcionando ao espectador espaço para interpretar à sua maneira.
Influenciado por suas próprias vivências, a arte de Reesé caracteriza-se pela densidade das aplicações de tinta e pela utilização de signos culturais. Juntamente com o companheiro artista Nikkolos Mohammed, ele co-fundou a DREAMHAUS LA e trabalha como diretor de arte da The OpM Company. Ambos oferecem oportunidades de estágios e workshops criativos para jovens de todas as idades, incentivando colaborações dentro da comunidade e impulsionando expressões individuais únicas.
Mike Reesé, um fiel defensor da autenticidade na criação artística, acredita que não existam protocolos específicos que os artistas precisam seguir para criar obras impactantes. Ele insiste, contudo, que um trabalho genuinamente marcante emerge de um lugar autêntico.
Reesé foi introduzido ao público pela primeira vez na exposição Love Letters to LA e, mais tarde, em sua própria exposição individual, intitulada Boyz II Beasts Act 1: No Soul Left Behind. O público teve a oportunidade de conhecer de perto o trabalho do artista em seu estúdio, onde puderam entender melhor as nuances de sua prática, que inclui seus muitos quadros florais em empasto, bem como seus livros infantis.
Um elemento significativo na última exposição de Reesé são as máscaras, objetos historicamente utilizados para revelar e ocultar. Pintadas com acrílico e pastel à óleo, as máscaras grotescas de Reesé exploram emoções humanas complexas associadas a sentimentos e espiritualismo.
Cada imagem na exposição Boyz II Beasts Act 1: No Soul Left Behind desempenha um propósito: as rosas aludem ao processo de criação e ao momento presente, enquanto os rostos “comunicam as complexidades emocionais do enfrentamento da vida”, segundo o próprio Reesé.
A ambiguidade de seu trabalho, encontra-se nas experiências inéditas que Reesé imprime em códigos culturais universalmente reconhecidos – símbolos e cores que cada indivíduo pode trazer à experiência de apreciação da arte, preenchendo um certo vácuo até que, como diz o escritor Alain de Botton, a mensagem da obra de arte se torna “um pouco menos necessária”.