Adrian Appiolaza estreia para a Moschino apenas três semanas após ser nomeado diretor criativo
A nova direção criativa da Moschino chegou com um sentimento misto, após a nomeação de Adrian Appiolaza. Com a emoção da estreia acompanhada de tristeza pelo falecimento repentino de seu antecessor, Davide Renne, Appiolaza fez seus primeiros passos dentro da casa italiana homenageando o legado de Franco Moschino, fundador da marca. Com pouco tempo para preparação, ele mergulhou no arquivo da marca para apresentar sua coleção de Outono/Inverno 2024 durante a Semana de Moda de Milão.
Os quase dez anos de liderança de Jeremy Scott, anterior a Appiolaza, foram marcadas por designs elaborados, dramáticos e inesquecíveis. Scott, muitas vezes apelidado de “Rei do Camp”, fortaleceu o conceito teatral que era tradicionalmente associado à Moschino. No entanto, os designs impactantes não eram necessariamente adequados para o dia a dia.
Na estreia de Appiolaza, ele selecionou uma abordagem única em relação ao ‘pronto para vestir’, trazendo de volta algumas das silhuetas mais icônicas da casa. Seus designs, embora ainda carreguem a assinatura teatral da Moschino, promovem uma maior usabilidade para as peças.
O estilo amplo de Appiolaza no trabalho com a Moschino manteve a tonalidade teatral iniciada por Scott com estampas de rostos sorridentes, padrões lúdicos de nuvens e o uso de bolinhas. Grande parte das peças carregavam mensagens de amor e paz, slogans que se tornaram tradicionais da Moschino ao longo dos anos. Silhuetas oversized viam ternos desconstruídos de gravatas desfeitas, blazers abertos e camisas fora da calça. A coleção continuou com sua excentricidade, combinando babados assimétricos com acessórios de rostos sorridentes e conjuntos estampados com pontos de interrogação.
Enquanto a excentricidade estava no centro das atenções, a usabilidade era a força subjacente. Appiolaza continua trazendo intrigantes novidades para a passarela da Moschino, mantendo a teatralidade da marca. A mensagem ficou clara: manter a identidade da Moschino, mas acrescentando um toque mais acessível e confortável – mantendo, portanto, o teor teatral, mas facilitando a incorporação das peças no cotidiano.